vestido azul
Meu vestido era azul, com anágua discretíssima. Era o invólucro de minha calma em momentos tão inusitados.
Andando pela rua, senti-me esvaziar. Era muito sangue que escorria do meu torso. Foi quando perdi meu fígado. Estirou-se na calçada como o dejeto que era.
Logo depois foram pulmões, pâncreas, rins, intestinos, e, imaginem só, um coração! Todos a se desprenderem de mim!
Quando dei por mim, estava completamente vazia no meio da rua e com o vestido arruinado.