VESTIDO AZUL
domingo, janeiro 21, 2007
  vestido azul
Meu vestido era azul, com anágua discretíssima. Era o invólucro de minha calma em momentos tão inusitados.
Andando pela rua, senti-me esvaziar. Era muito sangue que escorria do meu torso. Foi quando perdi meu fígado. Estirou-se na calçada como o dejeto que era.
Logo depois foram pulmões, pâncreas, rins, intestinos, e, imaginem só, um coração! Todos a se desprenderem de mim!
Quando dei por mim, estava completamente vazia no meio da rua e com o vestido arruinado.

 
Comentários:
Aê, Gus, o texto tem um vigor e uma acidez parecidos com os textos do Del.
Continue.
 
Legal, continue aí que acompanhamos. Agora, a lição número 0 é nunca começar se diminuindo. E vê se entra pra lista!

Abração!
 
oh, ficou legal.

só que dava para adotar um mais preciso, não sei faria umas mudancinhas.

mas o final está perfeito.

beijinho
 
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